hu hu hu, lalala, ye ye!

As pessoas tem que acreditar
Em forças invisíveis pra fazer o bem
Tudo que se vê não é suficiente
E a gente sempre invoca o nome de alguém

Essa é a primeira estrofe de uma música nova do Pato Fu e junto com um lance que aconteceu comigo na última quarta-feira me fizeram pensar noutro sentido para o blog.
Eu fui ao cinema com minha esposa e minha cunhada de 4 anos e quando saimos resolvemos visitar meu sogro, que estava de plantão. Na saída, passamos por 3 mulheres que pediam carona até a rodoviária do plano. Fiquei com pena porque a caminhada do hospital até a rodoviária é um pouco longa e é um lugar pouco aconselhável pra se andar a noite (ZBM). Ja havia passado mas resolvemos (eu e minha esposa) fazer a volta e busca-las. Ai vem o fato que me deixou grilado. A entrar no carro, uma das senhoras falou assim:
- Obrigados meu deus. Eu orei tanto que o senhor me mandou um filho seu para nos levar.
Putz grila! "As pessoas tem que acreditar em forças invisíveis para fazer o bem"?
A idéia de chamar o blog de "em terra de cego" era somente por viver entre pessoas que não estão nem ai pra tecnologia, mas caiu outra ficha: vivo no meio de pessoas cegas que acreditam que são protegidas por deus, enquanto eu SEI que deus não existe. Nesse sentido sim, eu tenho um olho numa terra cheia de cegos.